O celular corporativo pode ser monitorado pela empresa, desde que haja consentimento prévio do funcionário e que o uso do dispositivo seja estritamente profissional. Saiba como as empresas podem monitorar o uso adequado das linhas e o que isso significa para a sua privacidade.
Você já parou para pensar se o seu celular corporativo pode ser monitorado? Empresas precisam fazer o controle de gastos e, por isso, supervisionam o uso inadequado das linhas. Parece invasivo que alguém possa ter acesso às suas conversas ao telefone, não é mesmo?
Acontece que ao tratar de um telefone corporativo, em que a empresa cede o aparelho para que você se comunique no trabalho, ela tem o direito de fazer o controle e supervisionar o uso adequado das linhas.
Para que isso aconteça, a empresa deve alertar seus empregados sobre a finalidade dos equipamentos e que eles estarão sujeitos ao monitoramento dos aparelhos, durante a jornada de trabalho e enquanto os celulares estiverem sobre o seu poder. Saiba mais!
Como funciona um celular corporativo
Um celular corporativo é um aparelho fornecido pela empresa para uso profissional dos seus funcionários. Ele possui funcionalidades específicas para o ambiente de trabalho, como aplicativos empresariais, acesso a e-mails corporativos e ferramentas de produtividade.
Esses aparelhos podem ser monitorados pela empresa para garantir segurança de informação e eficiência, gerenciar o uso de dados e rastreamento de atividades online, além de proteger informações sensíveis. Portanto, políticas claras de uso e consentimento dos funcionários são fundamentais para o monitoramento ético e legal desses dispositivos.
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Seu celular corporativo pode ter conversas monitoradas
Se a empresa fornecer um aparelho celular para que você faça uso dele para o trabalho, o controle e monitoramento podem ser feitos sem que haja qualquer constrangimento.
Caso haja comprovação ou suspeita do uso inadequado das linhas, os funcionários podem ser advertidos.
E não para por aí, as empresas podem ainda ter acesso remoto ao computador dos funcionários e monitorar conversas em aplicativos de mensagens instantâneas como o WhatsApp Web, Skype, e-mails e os sites que eles navegam na internet.
O que as empresas podem monitorar no celular corporativo
As empresas podem monitorar diversas atividades em celulares corporativos para garantir segurança e produtividade. Isso inclui:
- Localização via GPS: para rastreamento de equipes externas e logística.
- Uso de aplicativos: verificação de quais aplicativos estão instalados e utilizados.
- Acesso a dados corporativos: controle sobre e-mails, documentos e arquivos da empresa no dispositivo.
- Histórico de navegação: monitoramento de sites acessados.
- Comunicações: análise de chamadas e mensagens, incluindo o WhatsApp, nos limites legais.
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O que pode e o que não pode fazer no celular corporativo?
Para preservar a proteção dos dados e garantir níveis adequados de produtividade, as empresas podem estabelecer diretrizes específicas para utilização de dispositivos móveis corporativos. Seguem alguns exemplos do que pode e o que não pode ser feito:
O que pode:
- Uso para trabalho: enviar e-mails, acessar aplicativos de trabalho e gerenciar documentos.
- Monitoramento: rastreamento de localização, controle de uso de aplicativos e histórico de navegação, desde que informado aos funcionários.
- Instalação de aplicativos corporativos: softwares necessários para a função.
O que não pode:
- Uso pessoal excessivo: evitar uso para atividades não relacionadas ao trabalho.
- Instalar aplicativos não autorizados: jogos ou apps de redes sociais sem permissão.
- Compartilhar dados sensíveis: informações da empresa não devem ser enviadas mediante plataformas não seguras.
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Legislação e ética no uso de dispositivos móveis pelas empresas
A legislação e a ética no uso de dispositivos móveis pelas empresas são áreas essenciais para a constituição de um compliance digital robusto, que visa garantir a privacidade dos funcionários, a segurança da informação e o comprimento das leis relacionadas à proteção de dados. Aqui estão algumas considerações importantes:
Legislação
- Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): essa legislação estabelece regras sobre coleta, armazenamento, processamento e compartilhamento de dados pessoais. Empresas devem estar conforme as disposições da lei ao lidar com dados de funcionários coletados por dispositivos móveis.
- Leis Trabalhistas: existem regulamentações que abordam questões como o controle da jornada de trabalho, o direito à privacidade no local de trabalho e o uso adequado de dispositivos fornecidos pela empresa.
- Leis de Propriedade Intelectual: empresas devem garantir que o uso de dispositivos móveis esteja conforme leis relacionadas à propriedade intelectual, como direitos autorais e patentes.
- Leis de Segurança da Informação: dependendo do setor e da região, podem existir leis específicas relacionadas à segurança da informação que devem ser seguidas.
Ética
- Respeito à Privacidade no Trabalho: empresas devem respeitar a privacidade dos funcionários, isso implica que informações pessoais não vinculadas ao trabalho não devem ser acessadas ou utilizadas sem autorização. Especialmente, porque o WhatsApp do celular corporativo pode ser monitorado.
- Transparência: ética exige transparência no uso de dispositivos móveis. Os funcionários devem estar cientes de como seus dispositivos são monitorados e quais dados são coletados.
- Uso Responsável: funcionários devem usar dispositivos móveis fornecidos pela empresa de forma responsável, evitando atividades não relacionadas ao trabalho e garantindo a segurança dos dados corporativos.
- Segurança da Informação: empresas devem implementar medidas de segurança adequadas para proteger os dados corporativos armazenados em dispositivos móveis e garantir que os funcionários estejam cientes das melhores práticas de segurança.
É essencial que as empresas desenvolvam políticas de uso de celulares corporativos que abordam tanto as questões legais quanto éticas. Além disso, é importante educar os funcionários sobre essas diretrizes e fornecer treinamento regular sobre compliance digital.
Riscos do monitoramento indevido
Os riscos do monitoramento indevido incluem a violação da privacidade dos funcionários, que pode criar um ambiente de trabalho invasivo e desconfortável. Além disso, isso pode resultar na quebra de confiança entre empregadores e funcionários, gerando uma cultura de desconfiança.
Pode, também, gerar impacto negativo na produtividade da equipe, pois os funcionários podem se sentir pressionados e estressados, afetando seu desempenho no trabalho.
Há também riscos legais associados com o monitoramento sem conformidade com as leis de privacidade, abrindo a possibilidade de ações judiciais por violação da privacidade e direitos dos funcionários, sujeitando a empresa a processos e penalidades financeiras.
Logo, é fundamental que as empresas encontrem um equilíbrio entre proteger seus interesses legítimos e respeitar os direitos e privacidade de seus funcionários ao implementar medidas de monitoramento. Isso geralmente envolve a criação de políticas transparentes, obtenção de consentimento dos funcionários quando necessário e garantia de que o monitoramento seja proporcional, razoável e legalmente justificado.
Use o celular corporativo com moderação
O celular do trabalho precisa ser usado com moderação. Não é porque a empresa paga a conta que você pode esbanjar e sair por aí ligando para toda a sua lista de contatos. Seja prudente, você pode ter que prestar contas depois.
O que a empresa quer não é controlar você, mas sim os gastos
É claro que esse monitoramento não é porque seu contratante quer saber sobre a sua vida pessoal, mas sim sobre os gastos da empresa. O que ela quer, na verdade, é reduzir os custos com as linhas telefônicas.
Há muitas formas de controlar o uso dos aparelhos celulares pelos funcionários. Uma delas é fazendo a gestão do uso e tarifação Sumus Billing Solution, da empresa Sumus.
Parte da solução em Telecom Expense Management, o Sumus Billing Solution busca dar às empresas e seus gestores total visibilidade dos gastos com telefonia fixa e móvel, mapeando o perfil de uso dos aparelhos para então criar ferramentas que visem reduzir os gastos.
Faz parte do projeto identificar o ranking de ramais e celulares que são mais onerosos, implantar controles para gerenciamento de ligações particulares e limites de gastos, com recursos interativos que interajam e conscientizam os usuários na busca pelos objetivos da empresa.
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