13Entenda porque isso acontece e o que deve mudar neste mercado
Os celulares chegaram ao Brasil no ano de 1990, quando ainda eram raridade no país. Depois de mais de 28 anos, a situação é totalmente diferente, o que se vê tanto no número de dispositivos quanto na variedade de planos para celular.
Anteriormente, era bem comum ter planos pré-pagos, que ainda são maioria hoje em dia, mas a proporção já vem mudando há um bom tempo. Logo, não é de se espantar que essa relação logo se inverta.
Vamos entender melhor os números de celulares pré-pagos em relação aos pós-pagos e o que levou esse movimento a acontecer.
Como está a relação entre os planos para celular pré-pagos e pós-pagos?
Em constante aproximação. A diferença já foi massiva entre as duas opções, com maioria dos pré-pagos, mas hoje a situação se encaminha de maneira diferente.
De acordo com a consultoria Teleco, a quantidade total de celulares pré-pagos entre todas as operadoras é a seguinte, com números divididos em períodos:
- 2016: 164,7 milhões
- 2017: 148,509 milhões
- 2018: 129,549 milhões
- 1º trimestre/2019: 126,638 milhões
- Abril/2019: 125,781 milhões
- Maio/2019: 124,996 milhões
- 2º trimestre/2019: 123,869 milhões
Logo, do final de 2016 até o 2º trimestre de 2019, o número de linhas com planos para celular pré-pago caiu 40,831 milhões (25,8%), o que é uma queda considerável.
A Teleco também disponibiliza dados a respeito da participação do pré-pago entre o total de celulares da operadora, que é o seguinte, dividido nos mesmos períodos vistos anteriormente:
- 2016: 67,51%
- 2017: 62,80%
- 2018: 56,52%
- 1º trimestre/2019: 55,33%
- Abril/2019: 55,01%
- Maio/2019: 54,67%
- 2º trimestre/2019: 54,24%
Também entre o final de 2016 e o 2º trimestre de 2019, a participação dos celulares pré-pagos em relação ao total de linhas das operadoras caiu 13,27%. Além disso, a queda é constante e não se observou nenhum aumento nesses períodos.
Até o presente momento, todas as operadoras de telefonia ainda possuem mais linhas pré-pagas do que pós-pagas, com exceção da Vivo, que teve esse quadro modificado de 2017 para 2018, quando a participação caiu de 50,93% para 44,77%. Ao final do 2º trimestre de 2019, esse número estava em 43,43%.
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Por que essa mudança aconteceu?
Por uma alteração no comportamento dos clientes, que pode ser explicada através de uma série de fatores, como os seguintes:
Diminuição das linhas fixas
Ao analisar o número de telefones fixos em serviço, de acordo com dados disponibilizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), é possível notar uma redução considerável:
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- 2017: 40,76 milhões
- 2018: 37,483 milhões
- 1º trimestre/2019: 36,578 milhões
- Abril/2019: 36,360 milhões
- Maio/2019: 35,865 milhões
- 2º trimestre/2019: 35,650 milhões
Só do final de 2017 ao 2º trimestre de 2019, pelo menos 5,1 milhões de linhas deixaram de estar ativas no Brasil, uma queda de 12,53%. Isso, porém, não significa que a comunicação foi afetada no país, pelo contrário.
Como as linhas fixas diminuíram, os planos para celular precisaram compensar essa ausência, e a opção mais indicada para tal são os pós-pagos, cujas franquias são próximas daquilo que se tem com os telefones fixos – cujo método de cobrança, aliás, também costuma ser o pós-pago.
Logo, entre tantos motivos que resultaram na queda de telefones fixos, como a maior praticidade e versatilidade dos celulares, os pós-pagos ganharam com isso.
Veja também: Como contratar um plano de telefonia móvel corporativa?
Uso intensificado da internet
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no início de 2018, dados referentes ao uso de internet por parte da população no ano de 2016, que foi encerrado com 116 milhões de pessoas conectadas à internet.
O número deixa claro que a população está cada vez mais conectada, seja para fins pessoais, profissionais, de lazer ou para comunicação através de aplicativos de mensagens e redes sociais.
Para ter uma franquia robusta de internet, em especial quando não há uma conexão fixa disponível, os planos para celular pós-pagos saem na frente neste quesito e, por isso, tornam-se opções atrativas ao público.
Economia
Antigamente, era mais barato ter um plano pré-pago no celular, já que bastava carregar uma determinada quantia ao final do mês (ou de acordo com a validade daquele saldo). Porém, isso também acontecia pelo fato de que o principal objetivo era poder se comunicar por telefone.
Hoje em dia, as ligações não são o principal atrativo dos celulares, que também possuem aplicativos de comunicação, redes sociais e navegador de internet, entre outros milhares de recursos, ou seja, as necessidades mudaram.
Em vista do que os clientes precisam hoje em dia, a melhor opção fica por conta dos planos para celular pós-pagos, que podem até ser um pouco mais caros, mas apresentam um custo-benefício melhor.
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Maior número de dispositivos conectados
Esse é um tema que nem sempre é lembrado, mas que influencia diretamente na proporção de planos pré ou pós-pagos, que é o número de dispositivos conectados à internet, o que tende a se intensificar com a internet das coisas e 5G.
O número de máquinas de pagamento, usadas em comércios e até por pessoas físicas hoje em dia, está em franco crescimento, o que deve se fortalecer com o passar do tempo.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), havia 5,1 milhões de pontos com maquininhas ou terminais eletrônicos de vendas ao final de 2017.
Além disso, por volta de agosto de 2018, 32,6% dos pagamentos feitos no Brasil são realizados por meios eletrônicos, númeor que a entidade estima que atingirá 60% depois de 5 anos.
A relação disso com os planos para celular pós-pagos é que cada maquininha precisa estar conectada à internet para funcionar, o que na grande maioria das vezes é feito mediante o uso de um chip com esse tipo de plano. Isso também contribui para o aumento das linhas pós-pagas.
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Planos para celular pós-pagos devem crescer ainda mais
Todos esses pontos corroboram para que o pós-pago ganhe mercado ao mesmo tempo em que o pré-pago perde. É claro que ambas opções ainda devem se manter por longos anos, mas a tendência é de que a balança pese para o lado contrário do que é visto hoje.
Portanto, ao contratar uma consultoria em telecom hoje em dia, as chances de receber a recomendação do pós-pago entre os planos para celular são bem maiores, o que é justificado por seus benefícios aos clientes, cujo comportamento está voltado aos interesses da sociedade contemporânea.