Tecnologia promete quebrar um paradigma na Gestão de Telecom – ela vai ser importante para dar conta de um futuro
Na real, ela será a primeira tecnologia para celulares que entrará no cenário da Internet das Coisas (IoT). Esse segmento tem a ver com dispositivos ligados a “qualquer coisa”: lâmpadas, cafeteiras, sensores… Tudo poderá estar conectado em uma única tecnologia móvel.
Se você gosta de filmes de ficção científica vai entender perfeitamente do que estamos falando – tudo vai funcionar do princípio simples de “estar conectado”.
Em uma casa, as pessoas poderiam saber o consumo de água diário, por exemplo, o que detectaria vazamentos e poderia gerar uma previsão da fatura do mês seguinte. Além disso, a rede de conexão poderia ser de baixo consumo, dando maior durabilidade para as baterias.
Essa revolução no setor de rede tem a ver com o aumento dos sinais e a redução do tempo de latência… A latência está ligada as atividades da rede no cotidiano, sendo um fator que assegura a qualidade da velocidade da internet.
Na linguagem mais comum entre os especialistas, isso quer dizer “quanto tempo leva para um pacote de dados ir de um ponto designado para o outro”.
Para exemplificar o assunto, vamos imaginar que latência é o tempo de resposta que temos ao acessar um site ou quanto tempo um e-mail demora a chegar ao seu destinatário. Esse intervalo de ação é chamado de latência.
Entenda a história das Redes Móveis
Conforme a Anatel, o país ainda tem 41 milhões de acessos feitos via rede 2G. Essa é uma tecnologia considerada antiga, mas muito usual. A ideia é que para daqui a 2 anos, todas cidades brasileiras tenham, ao menos, a tecnologia 3G.
E se estamos falando em tecnologia 2G, o que será a 5G?
Nos dias de hoje, a velocidade de transferência usada em dados móveis é a do 4G LTE – que pode chegar a 1 gigabit por segundo (Gbps). No caso do 5G, a velocidade poderia ultrapassar os 10 Gbps.
Em termos de latência, a média atual seria de 10 milissegundos do 4G e que poderia cair para 1 ms no 5G. No entanto, o que os especialistas têm pensado é apenas na velocidade e no alcance – e não de latência.
A grande semelhança entre a tecnologia da internet sem fio com a Internet das Coisas é o fato que as especificas internacionais preveem um suporte de até 1 milhão de dispositivos conectados por quilometro quadrado.
De forma bastante simplificada, podemos dizer que:
- O 2G foi desenvolvido para os comandos de voz,
- O 3G para os dados móveis,
- O 4G para as aplicações de grande fluxo de dados (vídeos e músicas),
- O 5G para um maior número de dispositivos.
“O 5G deixará a internet das coisas muito mais eficiente e eficaz se pensarmos em um espectro de eficiência. Cada aparelho e rede criados com base na IoT utilizará apenas o que for necessário e quando for necessário, na medida exata”.
A frase acima é da vice-presidente corporativa da Intel, Aicha Evans e foi divulgada na internet recentemente, onde ela comentou que para as próximas 2 décadas, toda população mundial deverá estar conectada. E ela conclui o seu pensamento da seguinte forma:
“Costumo dizer que o 5G é basicamente uma fusão de todas as tecnologias sem fio”.
A rede móvel 5G e a internet das coisas
Se não há necessidade de resposta em tempo real – latência – a execução do 5G é estudada como forma de comunicação entre veículos conectados, pessoas e coisas.
Logo, imagina-se um mundo onde exista a organização de veículos com passageiros, pedestres, veículos, semáforos, portais e pedágios, além de outros fatores da infraestrutura urbana.
A Volvo, para explicar a ideia, garante que até 2020 não vai ter mais acidentes fatais envolvendo seus novos veículos, a partir do uso de novas tecnologias.
Isso quer dizer que, entre tantas informações, os investimentos das operadoras de telecomunicações, que antes eram direcionadas para pessoas, poderá mudar – as novas aplicações tem a ver com a Internet das Coisas.
Para essas empresas, a receita financeira vai aumentar muito, levando em conta que os dispositivos IoT serão bem maiores do que o número de smartphones.
As iniciativas em pesquisas para o 5G
Primeiro, a União Internacional de Telecomunicações (ITU) está definindo requisitos gerais para o 5G, com base em outras tecnologias de comunicação móvel.
Por outro lado, as associações de fabricantes e fornecedores de equipamentos, operadoras e instituições de pesquisas já definiram alguns objetivos para o 5G.
No Brasil, por exemplo, várias iniciativas de pesquisa e desenvolvimento estão trabalhando na área, com a finalidade de criar uma competência nacional na tecnologia em destaque.
Para se ter uma ideia, a Intel tem parceria com fabricantes para desenvolver o 5G e produzir chips e modens voltados para a Internet das Coisas: o Atom x3-M7272, que fornece firewall e inspeção de pacotes para carros andarem sozinhos.
A expectativa é que as redes comerciais de 5G comecem a operar em 2020. Sendo que há expectativa de que algumas demonstrações possam ser feitas na Copa do Mundo da Rússia, no ano que vem. No Brasil, a tecnologia deve chegar em 2022.
O gerenciamento da rede móvel 5G e da internet das coisas
Após todas essas palavras, o mais difícil de pensar é: como será feito o armazenamento e o gerenciamento de todos esses dados? A resposta está na Gestão de Telecom, onde tornará necessária uma abordagem integral com conhecimentos de computação e rede. Aliás, saiba como reduzir os custos de telefonia móvel.
Se você poderá ter tudo conectado, na palma da sua mão, então, você tem aí uma grande facilidade e um excelente “otimizador” de tempo. Restará, portanto, saber fazer a gestão de todo conteúdo e de toda a informação.
Algumas pesquisas estimam que para 2020 haverá um aumento de mais de 1 trilhão de dólares com os gastos da IoT, incluindo hardware, software, serviços, conectividade e segurança – o crescimento mundial é de 15% ao ano.
Para conseguir atender essa demanda, a infraestrutura das telecomunicações e da TI também precisará crescer. Por isso, as empresas estão se preparando para a nova jornada na qual a tecnologia móvel será a base de toda a informação, a partir dos dispositivos conectados.