Veja como comparar custo padrão e custo real, quais são os seus conceitos e características, e como fazer os cálculos de cada um deles.
Seja de qual for a área da sua empresa, uma coisa é sempre verdade: um bom controle de custos é essencial para garantir o seu sucesso financeiro. Afinal, esse entendimento sobre os gastos deve desempenhar um papel central na tomada de decisões estratégicas do seu negócio.
Para que essa prática seja eficiente, garantindo a saúde financeira de uma organização, é necessário compreender quais métricas fazem parte de uma gestão financeira. Duas dessas métricas são o custo padrão e custo real.
Neste artigo, vamos abordar esses conceitos, apresentando suas diferenças e a importância de manter um controle preciso dessas métricas. Acompanhe!
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O que é custo padrão?
O custo padrão pode ser entendido como o custo ideal para a produção de um determinado produto ou serviço. Ou seja, em um cenário ideal de plena eficiência, máximo rendimento e zero imprevistos, este seria o custo que a empresa teria para executar sua atividade fim.
Por exemplo, ao planejar a compra de matéria-prima, a equipe de compras possui uma relação de valores estimados, normalmente obtidos ao longo de outras ocasiões nas quais aqueles insumos foram comprados.
Este seria o custo padrão daquela matéria-prima, que pode, porventura, não corresponder ao gasto daqueles insumos naquele momento, por fatores como oferta e demanda, inflação, sazonalidade, necessidade de urgência na entrega, entre outros
Portanto, ele serve como uma base de cálculo para quando é necessário fazer uma estimativa de despesas. Ele também como uma espécie de “grupo de controle”, para identificar possíveis desvios da norma.
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Como calcular?
A fórmula de cálculo do custo padrão é bastante simples. Basta multiplicar a quantidade padrão (Qp) pelo preço padrão do produto (Pp), resultando no custo padrão (Cp).
Portanto:
Cp = Qp x Pp
Para fazer esse cálculo, porém, é preciso quantificar a quantidade padrão (Qp), ou seja, quanto daquele insumo é normalmente adquirido para a produção do produto específico. Além disso, é preciso ter acesso à tabela padrão de preços, para que se possa ter uma ideia do preço padrão (Pp).
Vamos a mais um exemplo: se para fabricar um vestido usam-se 10 metros de tecido (Qp), e cada metro do tecido custa R$5,00 (Pp), o custo padrão para a fabricação deste vestido será de R$50,00 (Cp).
O que é custo real?
Já o custo real, muitas vezes referido também como custo contábil, como o próprio nome diz, se refere ao gasto real para a aquisição de insumos e produção de um determinado bem ou serviço.
Enquanto o modelo padrão é uma estimativa feita antes do processo produtivo, o real é calculado após as transações terem ocorrido, com os valores que de fato foram gastos.
Assim, ele está normalmente associado a um centro de custos específicos dentro da empresa, que podem ser diferentes departamentos, projetos ou outras unidades de negócio, como filiais.
Em contraste, o custo padrão é um custo teórico, não associado a nenhum centro de custos específico.
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Como calcular?
Para calcular o custo real na produção de um bem ou prestação de um serviço, é preciso fazer uma lista de todos os custos envolvidos na produção.
Desta forma, devem ser consideradas as despesas fixas (como aluguel de espaço físico, salário de funcionários, contas de água, luz, internet, entre outros) e as variáveis (como insumos, marketing, impostos, logística, comissão de vendas etc).
A diferença aqui é que, ao invés de fazer uma estimativa, estaremos calculando quanto realmente foi gasto para produzir uma determinada quantidade de produtos ou prestar determinado serviço.
Esse custo deverá então ser comparado com a estimativa (custo padrão), para que as análises financeiras sejam realizadas.
Para que o custo padrão e o real são utilizados?
É importante que a empresa calcule sempre o custo real de sua produção, comparando-o com o padrão, que deve ser periodicamente atualizado para corresponder à média do mercado.
Isso não só ajuda a manter a competitividade, mas também facilita a identificação de áreas onde ajustes são necessários. Além disso, uma auditoria de contas regular pode assegurar que todos os custos estejam devidamente registrados e analisados, proporcionando uma visão clara da saúde financeira da empresa e apontando oportunidades de economia e eficiência.
Em posse desses dois valores, os empreendedores podem realizar comparações e análise de variáveis que ajudam a entender melhor qual a margem de lucro do negócio e evitar que a saúde financeira da instituição seja prejudicada.
O custo padrão é utilizado como base, e tem diversas funções dentro do departamento contábil, como:
- Ele serve de referência em processos orçamentários;
- Ajuda as empresas a prever custos e definir preços de venda;
- É utilizado durante análises de desempenho, quando o custo padrão e o custo real são comparados, podendo indicar ineficiências no processo produtivo;
- Faz parte do controle de despesas da empresa, auxiliando no controle de estoque.
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Como os dois conceitos podem ser utilizados na tomada de decisões?
A análise e comparação entre os custos reais e os custos padrão desempenham um papel crucial na contabilidade, transcendendo métricas numéricas simples para tornar-se um pilar fundamental na tomada de decisões estratégicas.
A elaboração dessas ações requer uma avaliação criteriosa dos elementos, tendo em vista que eles oferecem uma visão abrangente e detalhada dos indicadores financeiros, contribuindo significativamente para a compreensão e avaliação da saúde financeira da empresa.
Por exemplo, se ao final de determinado período for concluído que o custo real foi consideravelmente maior do que o padrão, os gestores podem analisar os dados em busca de um motivo que explique a diferença nesses dados.
Ao analisar os dados, serão provavelmente identificados quais os furos de processo que estão causando essa discrepância, permitindo que os gestores tracem estratégias para corrigi-los. Esta é uma forma de evitar que a saúde financeira da empresa se deteriore.
Ou seja, ao integrar os conceitos nos processos de gestão, os relatórios financeiros terão uma profundidade analítica considerável. Esses documentos fornecem insights valiosos para a inteligência de mercado, permitindo que os gestores compreendam minuciosamente o panorama financeiro e sua utilização eficiente.
Como aplicar o custo padrão e custo real na gestão de um negócio?
Para aplicar o custo padrão e o custo real na gestão de um negócio, é preciso seguir alguns passos, como:
- Levantar os dados históricos dos custos da empresa e ajustá-los às tendências do mercado e às metas da empresa;
- Estabelecer os padrões ideais para os gastos de materiais, mão de obra, custos indiretos de fabricação e outros custos associados;
- Calcular o custo total padrão com base nos padrões ideais e registrar esse valor nos demonstrativos contábeis;
- Monitorar continuamente o desempenho real e compará-lo com o custo padrão para identificar as variações, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis;
- Analisar as causas das variações e tomar as medidas corretivas necessárias para melhorar a eficiência e a lucratividade do negócio.
Uma ferramenta que pode ajudar na aplicação do custo padrão e do custo real na gestão de um negócio é o Bill Control da Sumus Concept.
Trata-se de uma solução que utiliza a inteligência artificial para coletar e analisar dados de faturas e boletos automaticamente e ajudar no controle do fluxo de contas de uma empresa.
Com a ferramenta, você pode receber, conferir, aprovar e pagar suas faturas de forma rápida e segura, integrando o fluxo de caixa com a estrutura financeira da empresa. Ela também identifica possíveis erros, inconsistências ou cobranças indevidas nas faturas, evitando prejuízos e desperdícios.
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